NOVO MANIFESTO PELA FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES DE MAIO, E FIM DA "RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE"

sábado, junho 12, 2010

Dois mortos e quatro feridos pela PM na Nova Holanda

11.06.10 às 23h58 > Atualizado em 12.06.10 às 00h28

POR MARCO ANTONIO CANOSA - O Dia online

Rio - Duas pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas durante operação da Polícia Militar, no início da noite de sexta-feira, na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. Todas as vítimas estavam numa barbearia e, segundo moradores, não tinham envolvimento com o tráfico de drogas. Entre os feridos está uma criança de 5 anos, que foi baleada numa das mãos e perdeu três dedos. O menino foi transferido ainda na noite desta sexta-feira para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, parta ser operado por um ortopedista.

A incursão começou por volta das 18h. Segundo testemunhas, policiais do 22º BPM (Maré) teriam atirado contra uma barbearia na Rua Santa Rita. O frentista Paulo Cardoso Batalha, 42 anos, e Davison Evangelista Pacheco, 19, que era deficiente auditivo e estava na cadeira de barbeiro quando foi atingido, morreram.

Filho do frentista, Gabriel Batalha, de 5 anos, que estava no colo do pai, foi baleado na mão e levado para o Hospital de Bonsucesso. Também foram socorridos para a mesma unidade o pedreiro Rodson Soares Gomes, de 21, o barbeiro Alessandro Oliveira do Nascimento, de 25, e Gilberto dos Santos, de 35.

Revoltados, parentes das vítimas foram até o batalhão, mas alegam que não foram recebidos pelo comandante. Eles afirmaram também que pertences das vítimas foram levados pelos PMs. Já o tenente-coronel Glaucio Moreira disse estar à disposição dos moradores na unidade. O oficial afirmou que os policiais foram recebidos a tiros por traficantes e revidaram. O oficial disse que passou o caso para investigação da Polícia Civil e que também vai abrir procedimento interno para apurar o caso. "Vamos tratar de tudo com a maior lisura e apurar o que de fato aconteceu", afirmou.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Sexta à noite policiais da especializada estiveram no Hospital Geral de Bonsucesso e ouviram familiares das vítimas e testemunhas da incursão policial à favela.

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